quinta-feira, 12 de março de 2015

A ausência de valores desanima. A pressa em viver tudo de uma vez só é tão grande que bons modos e educação foram deixados de lado. Não há tempo para olhar no olho e confidenciar segredos. Estender a mão pra quê, se posso apertar o passo e passar batido? Por que eu devo me colocar no lugar do outro as invés de priorizar minhas vontades? Preguiça dos egos inflados, da maquiagem que tenta tampar um pouco da hipocrisia. Do sorriso forçado que esconde as más intenções. Essa prepotência toda em querer ser mais que o outro desanima. É um duelo de vaidades e futilidades onde o mais vazio vence. Desanima olhar pro lado e não poder abrigar quem precisa de conforto. Não poder (ou querer) ouvir quem precisa desabafar. Desanima ver a felicidade ser sinônimo de selfie bonita na rede social pra provar pra um e outro que está tudo bem. Desanima constatar que os mergulhos profundos andam cada dia mais extintos e a superfície vem liderando o adormecer da essência.

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